Acordar de manhã nunca foi o meu forte, abandonar o quentinho da cama para ter que sair ao gelado abraço do ar da manhã nunca me pareceu uma coisa prazerosa de se fazer, mas precisava ser feito. Ao menos era isso que eu dizia para mim todos os dias, até que um bater na minha porta acaba por me despertar definitivamente. Minha mãe gritou do lado de fora - Acorde, Ban! Ou vai acabar se tornando uma cama no futuro! - . Ao abrir meus olhos, encarei a realidade a minha volta - Quem me dera poder me transformar em uma cama, não parece uma ideia tão ruim assim. - mas ao me levantar, não fui abraçado pelo vento que costumava sentir. O verão tinha chegado, e com ele o sol, certo calor e umidade no ar.
   Ao sair da cama, coloquei meu par de chinelos e caminhei lentamente para a sala, que possuía poucas coisas em seu interior, buscando saciar o monstro que agora acordava, o meu estômago. De fato, precisava comer alguma coisa antes de sair de casa, seja lá qualquer coisa que eu fosse fazer. Por isso, caminhei até a cozinha onde minha mãe se encontrava terminando de fazer um café e cortando alguns pedaços de um bolo de baunilha. - Vamos, coma logo. Preparei esse café para você também, sei que as vezes precisa de alguma coisa para lhe dar um impulso a mais no dia. Seu pai já saiu e eu já, já tenho que ir também. Não se esqueça de ver a caixa de correios por mim, se tiver alguma coisa pro seu pai e eu nos entregue a noite. - Se apressando, minha mãe saiu mais rápido de lá do que eu podia processar, ainda estava em um processo zumbificado naquele instante. Caminhei até a única mesa que tínhamos, dentro da cozinha, e definhei-me em meus pensamentos enquanto sentia a gostosa temperatura de um café recém preparado. O bolo, ao mesmo tempo, dava uma certa sustância aquilo tudo, sendo umas das melhores combinações para mim em um dia como aquele.
   - É melhor eu me apressar, não posso deixar de ver tudo o que prometi a minha mãe, e também estou ansioso para ver o que tem dentro da caixa de cartas. - Eles nunca tinham me pedido isso, então minhas vontades todas se inclinavam aquele momento. Terminando de comer, lavei a pia rapidamente na cozinha, deixando os talheres e copo para secarem. Corri pela sala em direção ao meu quarto, abrindo o armário e procurando pela minha bolsa de armas. - Onde está, não consigo achar! - Se tinha algo que me deixava puto era perder algo que preciso levar ao sair de casa, sempre atrapalha meus esquemas. Localizando-a no fundo das roupas, peguei-a de maneira agressiva e vesti a roupa o mais rápido que pude. Verificando se tudo estava em ordem, tranquei a casa e fui em direção a caixa. Quando a abri, meu coração entrou em depressão, havia apenas uma carta la dentro. Em um sentimento triste, verifiquei para quem era endereçada. Com um pulo, senti a alegria retornar a cada um dos ossos de meu corpo, a academia precisava de mim. Como já estaria com tudo preparado do meu corpo, correria em direção ao local, esperando ter uma coisa interessante pela frente.

Considerações:

Bolsa de Armas:

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