O treinamento caminhava agora para o caminho desejado por Hisoka inicialmente, um trabalho intelectual. Seguindo isso, poderia pedir àquele homem que o treinasse em Rastreamento, se ele tivesse as habilidades necessárias, mas antes precisava realizar a tarefa designada para ele: desenvolver um ataque com sua Kirigama.

Cansado demais para raciocinar direito naquele momento, ele continuou respirando fundo enquanto observava a arma, fingindo estar imerso em pensamentos enquanto tocava a arma. Segurava seu cabo, passando a mão por sua corrente. Ele nunca tivera a chance de usá-la corretamente e tinha medo de acabar errando na hora de lançá-la para seu alvo. Demorou uns bons dois minutos antes de realmente começar a planejar seu ataque.

Andou até cerca de cinco metros do tronco, logo percorrendo seus arredores e analisando o ambiente ao redor, em busca de algo que poderia usar. Será que usar Jutsus era aceitável? Se fosse, ele poderia utilizar suas habilidades com Suiton para prender o alvo no chão ou mesmo distraí-lo, no caso de uma pessoa, que também poderia ser facilmente afetada por um Genjutsu, sua especialidade. Se aquele tronco tivesse amigos, ele poderia muito bem acertar um deles com a foice, tentando então utilizar a corrente para puxá-lo até o alvo oficial e utilizando um corpo para atingir o outro. Se ele tivesse levado um sino, uma kunai ou qualquer outra coisa desse tipo, também poderia usá-la para montar uma estratégia decente. E ele poderia se lamentar sobre diversas outras coisas: a ausência de companheiros, de árvores, de corpos d’água… naquele treinamento específico, que ocorria num campo basicamente aberto onde ele não tinha nenhum tipo de acessório e nem percebia detalhes interessantes no cenário, era difícil pensar em qualquer estratégia que não fosse sua força bruta e um ataque direto contra o seu inimigo.

Tentou pensar um pouco, mas não achou nada em sua mente que pudesse ajudá-lo. Sua mente sempre foi focada em assuntos teóricos, e finalmente esse fantasma em suas capacidades vinha para assombrá-lo, cobrando dele que tivesse uma reação rápida em batalha. Já eram cinco minutos, e ele não tinha pensado em nada — se não fosse uma situação hipotética, aquele galho já estaria em cima de seu cadáver tentando cortar sua cabeça como prêmio há muito tempo. Sua mente estava cheia de ideias, mas nenhuma que poderia ajudá-lo agora. Concluiu em voz alta:

— Foda-se.

Cuspiu no chão e lançou a foice com a mão esquerda, observando o projétil deslizar pelo ar enquanto carregava a corrente na mão direita. Parecia que daria certo. De seu ângulo, poderia ver claramente o local do tronco onde ele seria atingido, criando a imagem mental de sua madeira sendo destroçada e a lâmina cravada em seu “peito”, uma imagem que sustentou até que a arma curvou-se para baixo, impulsionada pelo peso, e fincou-se no chão logo atrás do alvo.

Nesse instante, o Genin achou que iria chorar, mas logo um click veio em sua mente e ele pôs o plano em prática. Apesar da agilidade debilitada pela dor nas pernas, ele correu o máximo que pôde em círculos ao redor do círculo, se aproximando cada vez enquanto a dura corrente se enrolava ao redor do alvo. Quando terminou, o objeto estava preso e vulnerável a outros ataques, caso fosse necessário — mas no caso de uma pessoa, ela poderia muito ter tido seus ossos quebrados ou ter sido enforcada pelas ligas metálicas. Para finalizar, ele tirou o objeto do chão e cravou-o na parte de cima do tronco, ficando em pé.

Orgulhoso de seu raciocínio lento, mas afinal eficaz, Hisoka olhou para o mestre, esperando opiniões sobre aquele movimento e novas ordens sobre como prosseguir.

Ao receber a missão, Hisoka sentiu uma pontada em seu peito. Não se sentia fisicamente capaz ou mesmo mentalmente preparado para tal feito, mas agora era um Gennin e devia esperar que seu treinamento terminasse em algo do gênero. Engoliu suas reclamações e, mesmo que pessimista, se comprometeria a fazer o seu melhor — até porque uma missão de busca como aquela poderia funcionar como seu treinamento para Rastreamento.

Curvou-se em frente ao professor, não querendo manchar sua reputação frente a ele, e agradeceu pela oportunidade de realizar aquela tarefa. Com todas as informações decoradas em sua mente — Gennin fugitivo ao sul —, se despediu e partiu até a sua casa, onde pegaria o equipamento necessário para a missão.

Se a sua ida havia sido lenta e tomada pela contemplação ao sol da manhã, sua volta havia sido rápida e isolada de seus arredores, que ficaram em segundo plano enquanto sua mente vagava sobre aqueles acontecimentos. Será que conhecia o garoto que fugia? Quer dizer, os dois estavam no mesmo nível na profissão, e não seria muito estranho supor que eles já haviam se esbarrado alguma vez. Além disso, ele aparentemente tinha permissão para matar,mas será que ele estava preparado para fazer aquilo com alguém de sua idade? Se bem que aquela pessoa em específica era uma fugitiva, provavelmente um criminoso… será que Hoshido era uma criminosa também? Seria por isso que ela fugiu? Não, não poderia ser. Uma mulher como aquela, tão inteligente e afetuosa… e ele não teria ouvido algum boato sobre isso se foi o caso? Afastou o pensamento da cabeça e tentou guiar sua mente a outras ocupações. Naquela semana ainda queria treinar alguns jutsus que havia desenvolvido e já tinha o conceito de algumas toxinas que desejava produzir no laboratório. Também sentia a necessidade de realizar mais missões de Rank D — faltavam três dessas e mais oito de Rank C, sem contar a atual, para poder fazer o teste e tornar-se um Chunin —, então deveria terminar de preencher os requisitos na semana seguinte, assim que a Primavera começasse.

Não tardou muito a chegar em casa com aquele ritmo mais rápido. Correu até seu quarto, abrindo o armário e coletando as armas extras que queria levar, assim como sua bolsa nova. Quando saiu de casa, levava na bolsa um Kemuridama e sete Kibaku Fūda, enquanto carregava em seu cinto a sua Kirigama, que agora havia voltado para a bainha, e armas menores como os dois Senbon, a Kunai e os três Shuriken.

Antes de realmente partir, foi até o Quadro de Missões, onde achou poder encontrar mais informações. Chegando lá, se dirigiria ao balcão, onde diria ao atendente:

— Fui designado a procurar o Genin fugitivo, mas não sei muito além da pista sobre sua localização. Você pode me dar alguma informação maior, como seu nome ou vestimenta? Além disso, eu tenho direito a procurar nos arquivos os documentos e o histórico escolar dele?

Se conseguisse obter aquelas informações, sua missão seria bem mais fácil, visto que poderia utilizá-as para montar sua estratégia de combate e entender melhor quem estava enfrentando.

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HP: 270
CH: 230
ST: 0/2

Itens levados:

— Só isso? Tsc.

Hisoka saiu do estabelecimento, irritado com a quantidade baixíssima de informações que tinha sobre seu alvo. Não sabia nem mesmo seu sobrenome! Fazia sentido, visto que com menos informações, mais se dava para exercitar a inteligência; mas ainda assim era revoltante saber apenas coisas básicas sobre Erik. Mas, tudo bem, poderia trabalhar com isso... ou ao menos esperava que sim.

Agora preparado para ir, o shinobi começa a fazer o caminho até a saída da vila. Enquanto andava, refletia sobre aquilo que já sabia — o rapaz tinha cerca de 1,50, muito menor do que ele, e era provavelmente mais fraco fisicamente. Além disso, tendo Ninjutsu como técnica principal, era de se esperar que ele fosse vulnerável em relação aos Genjutsus do inteligente Genin. Ah!, se ele tivesse preparado algum de seus venenos antes… mas agora não tinha mais tempo. Precisava partir.

Nos portões, ele olhou em volta. Se houvesse algum transporte esperando por ele, subiria ali e deixaria-se ser levado até a vila onde o fugitivo supostamente estava.

Se não, ele seguiria do modo mais tradicional para o ninja: correndo à pé. Enquanto fizesse isso, ele seguraria a Kunai com uma das mãos, se preparando para tentar atingir qualquer inimigo que pudesse atacá-lo.

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HP: 270
CH: 230
ST: 0/2

Itens levados:

Correra pelas florestas cheio de medo, assustado com a possibilidade de ser pego desprevenido, e por isso atentou-se sobre cada detalhe dentro da mata. Prestou atenção em cada folha e tronco, pisou em cada poça de água e em dado momento jogara sua kunai contra um coelho que passava, apenas para descobrir que era mesmo um simples coelho, e não um ninja disfarçado. Pegou a arma do peito do animal, enxugando o sangue em sua calça antes de seguir caminho.

Como previsto, a jornada levara cerca de uma hora até um vilarejo, mas era aquele o vilarejo certo? Observou o ambiente, não entendendo a situação de primeira. Tudo estava destruído e parecis bem abandonado. Teria errado o percurso? Não, tinha certeza de que saíra pelo sul… aquela era o poder do Genin com quem lutaria? Não parecia ser um Genjutsu. Essa era a especialidade dele, e não do outro, além de suas habilidades serem o bastante para identificar esse tipo de técnica. Aquilo era com certeza uma vila destruída, talvez até mesmo dizimada.

Melancólico, pensou sobre o ocorrido, sentindo um nó se formando na garganta. Não apenas havia demorado o bastante para perder a chance de salvar aquelas pessoas como agora sua missão parecia ter se escalado para algo muito maior do que seu nível. Começou a andar, observando os destroços.

Foi então que viu a criança pequena sentada ali. Seria a única sobrevivente? Não se encaixava no perfil do criminoso, mas ainda poderia ser perigoso ou ele em um disfarce. Por isso, se aproximou apenas um pouco antes de começar a dizer:

— Ei, tudo bem? Você precisa de ajuda? — mantinha uma distância segura da pessoa, guardando a kunai no bolso enquanto fazia isso, mas já se preparando para usar os selos de mão se fossem necessários. Perguntou, assinalando os arredores destruídos com o dedo indicador:

— Você sabe quem fez isso?

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HP: 270
CH: 230
ST: 0/2

Itens levados:

Hisoka ouviu atentamente a descrição da criança, não podendo evitar o sentimento de angústia ao imaginar aquilo acontecendo. Ainda assim, tentou ocultar o medo em seu rosto, buscando manter uma expressão calma para transmitir confiança àquela menina que parecia prestes a chorar.[/i]“Como alguém pode ser tão cruel?”[/i]
Quando encontrasse o culpado, teria certeza de se vingar por aquela menina. Mesmo que não se sentisse confiante o bastante para prometer isso a ela, manteve como meta matar aquele Genin, a não ser que viesse descobrir que seus atos eram levados por Genjutsus ou outro tipo de manipulação mental.
Se aproximou mais da pequena e abaixou-se para ficar em seu tamanho, segurando suas mãos. Disse:

— Se esconda. Quando eu voltar, vou bater palmas três vezes, e você pode aparecer. Combinado?

Independente da resposta da menina, ele se levantaria e iria embora, começando sua busca pelo sul. Enquanto andasse naquela direção, pensaria nas possibilidas do que havia acontecido. Aquela luz seguida de destruição se encaixaria em duas hipóteses em que ele pensara rapidamente. Na primeira delas, Erik teria utilizado uma Hikaridama ou um Genjutsu para gerar uma luz cegante, e então usado outro método — como um Ninjutsu ou bomba com poder destrutivo — para dizimar a vila. Já na segunda, muito mais perigosa, o Genin teria utilizado uma técnica poderosa do Raiton capaz não apenas de gerar uma forte luz, como também de destruir tudo dentro de um certo alcance. Aquela ideia o assustava, mas se estivesse certa, significaria muito provavelmente que o seu alvo estaria cansado após utilizar uma grande quantidade de chakra.

Se sustentando naquela pequena fagulha de otimismo, Hisoka percorreu o seu caminho com uma expressão séria e pés rápidos.

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HP: 270
CH: 230
ST: 0/2

Considerações:

Itens levados:

Mais uma vez ele tinha falhado quando mais precisava. Ouvir o grito daquela garota arrebentar os ares foi como sentir seu coração sendo rasgado ao meio. Sabia que não tinha capacidade pra realizar aquela missão. Por que tinha aceitado? Devia ter se explicado para o Jounin que o deu a missão e simplesmente ter declinado, deixando-a para um shinobi mais experiente e que tinha chances verdadeiras de encerrar aquilo. Além disso, não entendia porque tinham dado aquela missão para ele se aquele Genin era assim tão perigoso. Ele mal havia se afastado da vila quando aquela luz tomou o local.

Se viraria, lágrimas em seu olhos, para um local de destroços iluminados por aquela luz forte. Tentaria então utilizar suas habilidades com Genjutsu e sua Inteligência Aguçada para tentar enxergar se aquilo era ou não uma ilusão. Se fosse realmente uma técnica desse gênero, ele tentaria primeiramente quebrá-la com a dor, pegando sua kunai e abrindo um corte em sua mão. Se não fosse - ou ao menos se ele não conseguisse identificá-lo como uma -, ele seguiria em frente cauteloso, retirando a foice da bainha e segurando o peso que suportava a corrente na outra e se preparando para uma batalha, tentando permanecer fora do alcance daquela luz.

Além disso, se a menina ainda estivesse ali, ele gritaria a ela que tentasse fugir. Agora, se ela tivesse desaparecido como parecia ter acontecido com restante da vila, ele apenas continuaria em posição, esperando estar pronto para quando a hora chegasse de finalmente atacar seu oponente.

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HP: 270
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Considerações:

Quando viu aquele estranho ser de luz, Hisoka ficou bastante assustado. Mesmo tendo lido diversos livros sobre Ninjutsu e tendo uma grande experiência com Genjutsu, ele nunca tinha ouvido falar sobre algo como aquilo - principalmente algo poderoso o bastante para absorver corpos daquela maneira. Será que aquilo era apenas luz, ou tinha também um corpo físico? Seria o shinobi que ele procurava? O que ele deveria fazer? Não podia mais salvar aquelas pessoas, valeria a pena lutar? Mas e se ele fugisse? Imaginava o sofrimento que causaria para os próximos vilarejos afetados, inclusive para sua própria vila, que poderia vir a ser atacada por aquele monstro.

Além disso, fugir seria inútil: aquele ser, o que quer que fosse, parecia ser capaz de se teletransportar para onde quisesse e poderia matá-lo facilmente. Era seu dever ao menos tentar impedí-lo. Respirou fundo e, ainda que estivesse triste e com medo, tentou atacar a criatura.

Começaria se aproximando, acoplando um papel explosivo ao peso no fim da corrente de sua foice e então a lançando na direção no inimigo. Se o ataque funcionasse da forma desejada, com a corrente se enrolando em alguma parte do corpo do oponente ou ao menos encostando na criatura, provando que havia um corpo físico, o Genin tentaria utilizar a técnica Kokuu no Jutsu. Se a técnica funcionasse e o ser fosse realmente coberto pela nuvem negra e inflamável, ele esperaria o Kibaku Fūda explodir no inimigo, causando fogo em seu corpo, para então tentar recuperar e embainhar a arma. Esse mesmo caminho seria seguido se o ser de luz tentasse segurar sua corrente, o impedindo de puxá-la para a bainha.

Se o ataque com a corrente passasse direto pela criatura, mostrando que não havia corpo físico, ele tentaria utilizar o Kanashibari no Jutsu para paralisá-la e, independente de ser bem sucedido ou não, esperaria o Kibaku Fūda explodir para então tentar guardar sua arma. Uma vez que isso fosse feito - independente da arma ser ou não guardada com sucesso -, ele utilizaria o Kirigakure no Jutsu para se esconder atrás de uma névoa, então tentando utilizar o Shunshin no Jutsu para aumentar sua velocidade e poder correr na direção norte, querendo chegar a sua vila. Se conseguisse chegar a cerca de 40 metros da área, ele tentaria ainda utilizar o Henge no Jutsu para se transformar em um tigre, tentando se esconder do "monstro”. A mesma tática seria utilizada se o ser começasse a correr em sua direção.

Se essa tentativa de fuga falhar e ele não tivesse a chance de usar o jutsu de transormação, tentaria usar o Suiton: Mizurappa para criar uma espécie de corredor de água no chão, então utilizando o Suimen Hoko no Jutsu para deslizar sobre ela.

Se isso também falhasse e o inimigo conseguisse se aproximar, ele tentaria utilizar o Bushin no Jutsu, correndo em uma direção enquanto seu clone corria para outra.

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HP: 270
CH: 230
ST: 0/2

Considerações:

Jutsus Usados:

Itens Levados: