A cama estava dura e a minha boca estava seca. Meu olhos mal abriam por conta do Sol recém posto em meus olhos - mas que porra é essa?! - falei tentando cobrir meus olhos com a minha mão. Estava difícil de me mover, o meu sono havia sido profundo. Enquanto eu sentia as dores por não ter me movimentado por um tempo, eu tentava fechar a janela que estava a minha esquerda - para, filho da puta - gritou uma voz grossa e profunda - quer tentar me acertar com essa merda? - ainda de olhos fechados, ouvi a cadeira do meu lado direito ranger, alguém havia sentado lá - pai? O que você tá fazendo aqui? - ouvi um longo trago e o cheiro de tabaco no ar - você esqueceu que eu venho aqui toda a segunda? - finalmente abri os olhos, as dores passavam com o tempo, consegui me sentar e olhar para o homem com os meus olhos ainda cerrados - tá olhando o que moleque? - ainda confuso, procurei o meu relógio na parede mas foi inútil, minha visão estava turva. Ouvi mais uma tragada, agora a fumaça veio até o meu rosto - como você é preguiçoso, moleque - então ele se levantou e partiu. Deixando a porta aberta - arrombado -.
Após alguns minutos ainda refletindo sobre o que havia acontecido. Me levantei e fechei a porta que foi deixada aberta. Penoso, andei até o banheiro e lavei o rosto. Enquanto eu me alimentava, olhei o calendário. Eu havia dormido por dois dias, por isso meu corpo estava daquele jeito.
O Sol já brilhava no momento em que sai de casa, o seu brilho​ me incomodava e por isso, eu usava algumas faixas no rosto para cobri-lo. Caminhei até o meu centro de treinamento e olhei ao redor. Era perfeito para começar a minha corrida. Me posicionei num extremo do campo - bom, acho que é só correr aqui. Essa porra de sol tá incomodando os olhos. Essa areia deve estar quente pra caralho - comecei a correr. Em velocidade máxima, corri durante alguns minutos, até me cansar. O suor do meu rosto já pingava entre a roupa que eu usava - mas que merda de Sol - retirei o meu grande sobretudo, guardei ele no canto do meu campo, próximo a algumas pedras - é melhor eu fazer isso direito. Correr de um lado para o outro é idiotice - fui até o canto do campo e me posicionei corretamente - vou correr duas vezes pra ver a velocidade, depois é só me esforçar para correr mais - comecei a correr naquele sol escaldante. Meus pés que antes afundavam na areia, agora faziam ela de um solo duro e resistente. As minhas duas corridas foram em tempos iguais, ou ao menos pareceram. Exausto, descansei um pouco sobre a pedra quente que havia perto. Me sentei e olhei o sol que batia em meu rosto - que lixo de vida, essa merda nunca vai acabar. Não sei porque eu me tornei ninja -. Cansado, me posicionei novamente, agora para uma corrida mais rápida. Comecei o meu trajeto com toda a velocidade que eu conseguia fazer. Meus músculos da perna ardiam e meus pés doíam. Cheguei no limite do caminho e retornei na mesma passada, o fôlego que já não era grande, já não era nada. Meus joelhos rangendo com o atrito no meio da corrida, pulsava de dor. O músculo das minhas coxas eram castigados a cada vez que o solo em meus pés era rígido e cruel. Cheguei ao outro lado exausto, porém com o dever cumprido - caralho - e então, me rendia ao cansaço, deitei ali mesmo na areia, olhei para cima e esperei o tempo retornar com o meu fôlego.

Considerações:

Jutsus usados:

Bolsa de Armas (20):