EXPERIENCE TRANQUILITY

Naruto RPG Akatsuki :: Mundo Ninja :: Outras Regiões :: País da Neve

EXPERIENCE TRANQUILITY
EXPERIENCE TRANQUILITY

Convidado

8/6/2017, 14:39

A neve caia serena naquela época do ano, mesmo não estando no inverno. O País da Neve tinha dessas, continuamente frio, era um porre lidar com aquele clima incômodo, principalmente com a cabeça quente, algo que eu sempre estava.

Buscando abrigo em uma casa antiga em uma das remotas vilas daquela terra estava eu, a bruxa draconiana. Trajava vestimentas usuais, e meu único objetivo era encontrar a tranquilidade.

Jeanne 700/1040

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Convidado

9/6/2017, 14:35

Narrador: Corria o boato que um velho monge meditava todos os dias no topo de uma montanha. Ele ficava lá sem vestimentas e deixava que a neve acariciasse seu corpo desnudo. Tal era sua proeza na concentração e calmaria que ele poderia passar dias seguidos sem sentir o menor incômodo. Ele se fixava em locais distintos após uma temporada de meditação em cada local. Seu nome era conhecido e ele sempre buscava um novo aluno para passar seus conhecimentos.

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01/05

Convidado

9/6/2017, 15:00

Boatos moviam pessoas. Palavras eram capazes de fazer o mais recluso dos santos abandonar o divino se usadas da maneira correta, por tal, boatos podiam influenciar qualquer pessoa. Partindo disso é que fui até onde fui: uma montanha nas áreas remotas do País da Neve, perto de onde havia me situado após debandar da vila da Folha. Cantavam os pássaros sobre um monge que vivia por lá, assim, imaginei que poderia tirar algum proveito de encontrá-lo, uma recompensa ou algo mais valioso.

Galguei indefinidamente até alcançar o pico do monte. A neve, como em todo o resto da terra, estava presente, tingindo minha visão com o branco gélido do frio. Um pouco mais adiante uma figura desnuda (nojo) repousava, exibia o semblante da indiferença pelos seus arredores, sua expressão serena podia mostrar que estava morto a milhares de anos, imune aos males da putrefação. Seu nome, Shijima jojofag, era conhecido por onde passava, o que me trouxe até ele. — Pode morrer a qualquer hora tão distraído assim.

Jeanne 700/1040

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Convidado

9/6/2017, 15:22

Narrador: O velho estava numa posição características de quem busca o equilíbrio espiritual, a lótus. Se mantinha impenetrável a qualquer coisa que ousasse desafiar sua calma. [...] Uma voz rasgou o silêncio em que o velho se encontrava. Ele movimentou suas pálpebras e pode observar o jovem que ali estava. Ele levou sua mão direita até um casaco que ficava ao seu lado e perguntou após o jovem findar suas palavras: — prefere que eu coloque ou fique sem? —

Sorrindo após seu comentário, o homem não quis dar tempo para o jovem refletir sobre tal pergunta e apenas emendou: — O que desejas, meu jovem? — Um sorriso estava estampado em seus lábios e denunciava que o velho sentiu simpatia pelo jovem.

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02/05

Convidado

9/6/2017, 18:57

Me perguntei como alguém podia ser tão denso. Sem me dar chance de responder, o monge indagou-me sobre o que eu estava à procura. Espantei meus desaforos para com sua atitude e apenas o respondi de maneira sincera, o mais direto possível.

— Não tenho tempo para enigmas, vim aqui para conseguir algo de valor. Se não tem nada para me dizer, tomarei sua vida em troca de dinheiro. Simples assim. — Transmiti a certeza de meu anúncio através do olhar fulminante que lhe dera, carregado de apatia para com o mesmo.

Jeanne 700/1040

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Convidado

9/6/2017, 19:11

Narrador: O homem ficou contente ao perceber a atitude do garoto. Talvez ele fosse um desafio para ele. Pouco entusiamo se tem quando se treina alguém com tais características pessoais que nada de oposto se colocam às habilidades pretendidas. O velho se levantou e vestiu seu casado, cobrindo seu corpo. — Pode se sentar e se colocar na mesma posição que eu estava quando você chegou. Esvazie toda a sua mente... tente se acalmar... respire fundo... esqueça de todos os seus problemas... - o velho virou de costas para o garoto enquanto ele provavelmente fazia o que tinha sido ordenado quando... - AHHHHH! EU VOU TE ENSINAR A MANTER A CALMA! VOCÊ QUER APRENDER? QUER APRENDER A FICAR CALMO? QUERO VER FICAR ENTÃO! AHHH! LALALALA! — O velho vociferava nos ouvidos do jovem. Respingos de cuspi voavam em direção ao garoto. Era um grande teste de calma!

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03/05

Convidado

10/6/2017, 10:14

[...]

— Grr... — Murmúrios de descontentamento eram tudo que eu podia pronunciar diante da situação em que me encontrava. Sentada em uma posição cortês tradicional japonesa, encarava com olhos furiosos o velho que nada fazia senão atormentar-me com seus gritos eufóricos, me lembrei da postura de outrora e não pude acreditar que era a mesma pessoa. Mais curioso, contudo, era o calmo estado de espírito que me encontrava naquele dia, em outras circunstâncias já estaria tentando degolar o velho com minhas próprias mãos, mas ali, naquele exato momento, apenas tentava conter a raiva crescente dentro de mim. Ponderei o porquê de tal desfecho, sentir ódio e raiva era tão natural para mim quanto caçar era para uma leoa. À medida que o barulho penetrava mais e mais em meus ouvidos, minha paciência chegava ao seu limite, até que...

Click. O cão desceu como o golpe de um martelo de guerra e minha mente entrou em um frenesi violento. Meus punhos socavam o chão descontroladamente enquanto a euforia partira agora de mim, que gritava do fundo da garganta o quanto queria matar o monge com minhas próprias mãos. O que incomodou era a maneira como eu não o havia feito, ao invés disto descarregando toda a frustração naquela rocha dura, que logo mais faria meus punhos sangrarem. O tempo passou e logo encarei o idoso novamente, com uma expressão que misturava raiva, frustração e vergonha.

Jeanne 700/1040

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Convidado

10/6/2017, 10:59

Narrador: O velho percebeu no semblante da jovem que ela estava contendo sua raiva. — Tente se concentrar, conter a raiva que brota em ti. Respire fundo e tente tornar isso como natural. Você não precisa necessariamente não sentir raiva. Precisa apenas controlá-la de tal forma que não te prejudique nos momentos necessários. Consigo perceber que você já está contendo sua raiva. É o primeiro passo. Agora busque ignorar completamente minha presença e qualquer coisa que possa retirar tua calma. — O homem se sentou ao lado da garota e parecia encarar a situação com seriedade. Agora era o momento de evoluir no treinamento.

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04/05

Convidado

10/6/2017, 11:21

— Que assim seja. — Por mais encorajadoras as palavras do monge fossem, era irreal me ver tendo sucesso em uma missão como aquela. Sempre vivi de frente com a batalha, mesmo que em um momento fizesse isso não por sobrevivência ou alguma vingança sem sentido, mas por ideais compartilhados por companheiros; que não mais estavam entre nós. Desde então, só restou a fúria e a apatia. Não era mais uma santa e sim uma bruxa, exilada pelos pecados que nunca cometi, então, recorreria apenas à única sensação que me sobrou.

Novamente, posicionei-me da mesma maneira de antes. Ansiosa, minha cabeça entrava em transe e forçava a liberdade de um químico que ativava meus instintos psicóticos. Talvez pela adrenalina de antes eu necessitava novamente presenciar aquele frenesi, sucumbir ao inerente desejo de destruição que construí pouco a pouco após o abandono de minha vila. Meu raciocínio lógico julgou aquilo como um obstáculo que me aleijaria se perdurasse da maneira que estava, quiçá o descontrole tornaria minha mente nublada com o vermelho da raiva, matando-me no processo; algo inadmissível se queria obter o que buscava.

Então, tive um insight. Devaneios iam e viam, mas percebi que pouco a pouco a raiva foi se esgotando, substituída pela apatia que carregava comigo quando estava sozinha. Assim, fui percebendo, a única coisa que poderia me acalmar era meus próprios pensamentos, o único objetivo que tinha, ou a busca por este. Para alcançar a tranquilidade não era necessário desistir do combate, apenas me entregar de corpo e alma a este, sem que qualquer coisa me perturbasse. Fechei os olhos momentaneamente, comungava comigo mesma.

Jeanne 700/1040

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Itens:

Convidado

10/6/2017, 11:36

Narrador: O homem continuava sentado ao lado da jovem. Quando percebeu que ela estava evoluindo e que não precisaria dos seus conselhos, ele apenas se levantou e se retirou. Agora ele iria viajar para outros locais buscando um novo aprendiz para quem pudesse transmitir seus conhecimentos. A nossa jovem, por outro lado, parecia ter compreendido a essência do ensinamento e o fundiu com sua própria subjetividade. Era um ato no fim individual, cada um deveria descobrir a si próprio antes. Para então dominar a si próprio de tal forma que mantenha a calma mesmo em situações extremas. Quando desse por si, o velho já tinha ido.

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05/05

Convidado

10/6/2017, 11:38

Quando dei-me por conta, o velho já havia desaparecido. Imaginei para onde havia ido. Só me restou ir-me dali.

Jeanne 700/1040

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Convidado

10/6/2017, 11:39

Aprovado.

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