Sou a vergonha da família inteira. Covarde? Nunca me daria este adjetivo. Meus familiares foram à guerra para defender o símbolo da nuvem e morreram com dignidade. É verdade que minha mente não é das melhores e muitas vezes sinto vontade de apenas soltar um laser na cabeça daquele maldito Raikage e tomar o lugar dele pra mim, só que não sou tão insano a ponto disso. A cabeça do A pode esperar pra ter um buraco no meio dela.

"Furui. Gabinete. Agora." Dizia uma carta do maldito. Era minha deixa para matar o dito cujo? nah, esse dia pode esperar, talvez o filho da puta tivesse algo pra me dizer, uma missão pra me escalar, vai saber... Não. Cheguei no gabinete e a única coisa que eu vi foi um pergaminho enrolado no meio da mesa do puto, com o kanji pra minha kekkei genkai no lacre. — Que foi? — Perguntei diretamente. — Modos... — ele estalou a boca, como eu queria — Deixa pra lá. Você fez quinze faz pouco tempo, não? Bom, esse pergaminho era do seu pai. — A lançou o pergaminho pra mim — Beleza, valeu. — respondi saindo do gabinete.

Desrespeitar o A nunca foi novidade pra mim desde que meus pais se foram por causa da própria burrice daquele corno, então ele meio que se acostumou com o jeito que eu trato ele, mas perdi a chance de estourar os miolos dele mais uma vez. Estava mais entretido no pergaminho, fui até o campo de treinamentos pra ler aquilo, afinal de contas, era do meu pai e se continha o símbolo da nossa linhagem, é porque coisa boa tinha dentro dali. Quando eu abri, o pergaminho dava instruções de como utilizar uma técnica, talvez para abrir a cabeça do puto do A, mas principalmente pra usar em nome da vila pelos ideais do meu pai; por sinal, a letra também era dele. Uma lágrima escorreu pelos meus olhos. Louco, não de pedra.

O começo foi meio estressante, meu controle de chakra não é dos melhores, mas pra essa técnica até que eu conseguiria fazer, nem que fosse em uma escala menor. — Beleza... — me posicionei com conforto no chão pra realizar os selos, então comecei com a canalização de chakra através dos selos que estavam sendo descritos no pergaminho; estava entusiasmado, provavelmente porque esta técnica seria o suficiente pra explodir o gabinete do A inteiro e levar a porra toda pros ares, mas primeiro eu teria que aprender direitinho como fazer ela. O chakra estava canalizado, tudo pronto pro lançamento e... a técnica não saiu. Tinha um parágrafo a mais no maldito pergaminho escondido pela dobra natural do papel — Ah, nem fodendo. — segundo o parágrafo perdido, a canalização vinha dos dos braços e não só de um, ou seja, cada elemento envolvido na técnica vinha de um braço pra formar o laser que com certeza explodiria metade de Kumo.

Eu comecei de novo, não desistiria e nem deixaria meu pai decepcionado, provavelmente o pergaminho seria da Matsui caso ela estivesse viva, mas né... Relevei. Comecei de novo a canalizar o chakra, desta vez com um elemento em cada um dos meus braços pra serem fundidos na palma das mãos que estavam unidas em direção de um alvo qualquer que eu escolhi. Em instantes, uma espécie de esfera, uma auréola apareceu em volta dos meus braços estendidos, a técnica enfim estava sendo executada direito, ao menos com o que dizia meu pai — ou o pergaminho dele. Tudo pronto, os chakras elementais estavam completamente canalizados em cada um dos braços, então apenas deixei toda essa energia acumulada se soltar, claro, ao meu comando.

Foi lindo, meu alvo era uma árvore que foi simplesmente destroçada com os diversos feixes de luz que saíram da minha técnica. — Valeu, velho. — agradeci antes de sair do campo de treinamentos em direção a um compromisso.

Furui: 250/250 385/385 22m/s

Bolsa de Armas(40):

Equipamentos:

Técnica visada: