aaA estância naquele vilarejo se tornara demasiadamente agradável. Aquele sol confortavelmente acoberto pelas nuvens e a alta pressão atmosférica já nem me afligiam mais, devido as minhas inatas condições físicas. Rarefeitos são os átimos que tenho para dissertar e refletir sobre a inconstância das coisas do mundo e seus afins, teria que ser prolífico a aquela nação. Me orientei ao norte, tendo como referência um colossal edifício com as cores de kumogakure no sato estampadas nos átrios da tal, me aproximando e enfim adentro nas dependências da mesma. Se notara um quadro com vastos afazeres e um em especial me chamara a atenção, um implacável sorriso se desabrochou e afanei o pergaminho, colocando-o dentro das vestes tradicionais e me direcionando para a saída da grande edificação.

aaNo entre do pergaminho, o objetivo da missão me pareceu uma possível façanha filantrópica compensatória, condigno a minha abissal capacidade de integrar os meios antropofágicos. Enquanto me dirigia para o recinto acadêmico, várias reminiscências vinham à flor da pele, aquela ambientação elementar, o ecoar das sandálias gastas pelos corredores do ateneu acadêmico e as paredes demarcadas com rasgos que as kunais esboçavam em um típico recreamento de quem conseguira subir mais alto através de chakra concentrado na sola dos pés.

aaAdentrei no que me pareceu numa espécie de auditório, uma plateia ociosa de jovens acadêmicos aguardavam em meio a um sururu. Um dos superiores, por meio de um grito, chamou a atenção de todos que reviraram seus rostos ansiosos para o palco improvisado onde eu me encontrara. Aqueles olhos inocentes se voltaram contra mim, no que parecia o aguarde de algo que iria impressionar aqueles mesmos. O silêncio desconfortante tomou conta do auditório, seguido de murmurinhos e alguns risos isolados. Teria de conquistá-los por meio a minhas habilidades.

aa Teria de tocá-los profundamente, já que eu ainda não era uma caixa ambulante de habilidades. Removi a parte superior de minhas vestes, despindo meu frágil tórax e revelando aquelas marcas dos duros treinamentos que passei durante a infância. — Vocês não precisam ser os mais fortes fisicamente, os mais ágeis ou o mais inteligente para prosseguir na vida shinobi. Não importa se você é alto demais ou baixo, se é magro demais ou gordo. — Discursei, enquanto se aproximava de uma das paredes, dando iniciação a uma técnica básica. — O nosso verdadeiro âmbito não se baseia nos princípios metafísicos, ele vem de dentro. — Integrei, agora com a sola dos pés nas paredes, caminhando pelas mesmas até o teto.   

aaDo alto, os olhos daqueles jovens primaveris cintilavam. Cheguei ao meio da sala, e com gracejo, pousei no chão. Recolhi minhas vestes e dei as costas a plateia com a esperança de ter de alguma forma passado uma mensagem aos estudantes. Fui dispensado, a sensação de trabalho cumprido tomara conta de meu ego. Segui para o gabinete no intuito de proceder com a parte trivial e burocrática da missão, junto com a recompensa cabedal da mesma.    

HAGAKURE:
HP: 200/200
CK: 200/200