O treino de um mês com B fez-me perceber algumas das minhas maiores falhas em combate. Embora eu fosse bastante forte e rápido, e conseguisse usar o básico de ninjutsu e taijutsu, eu era totalmente inapto em genjutsu, e a minha resistência física deixava muito a desejar. Genjutsu era uma área em que não desejava muito treinar, pelo menos na altura, por isso decidi focar o meu treino daquele dia para a minha resistência física.


Naquela manhã fria, húmida e ventosa dirigi-me ao campo de treinos para um dia repleto de esforço. No campo de treinos, iniciei o meu aquecimento articular enquanto pensava em como treinar a minha resistência. Depois de um aquecimento extensivo e completo, tomei a decisão de passar o dia a treinar da forma mais simples possível, pois para além de simples, eu tinha a noção de que seria eficaz, ou seja, decidi simplesmente correr a uma velocidade mediana até não conseguir mais, descansar por um tempo e repetir. Correr a maior distância possível, controlando o meu esforço, essa era a maneira correta de treinar a minha resistência. Iniciei assim a minha corrida, levando a minha bolsa de armas e a minha Daiken, pois tinha de me habituar a fazer esforços enquanto levava o meu equipamento habitual. Devido à baixa temperatura iniciei a corrida lentamente, aumentando gradualmente a minha velocidade até chegar a um ponto onde a estabilizei.


Ao longo da minha corrida ia passando por outros shinobis que treinavam com suas equipas e senseis. Muitos deles olhavam curiosamente para mim, embora não percebesse muito bem se era pela minha prótese ou se era pelo fato de eu estar a correr sozinho as voltas no campo de treino, embora eu preferisse pensar que era devido à prótese da minha autoria.


Após várias horas de corrida e de aturar vários olhares constrangedores o meu fôlego já estava incontrolável, e sendo assim fui obrigado a parar por um tempo. Aproveitei a fome que tinha para à vila tomar um almoço rápido, em seguida voltando para o campo de treino, revitalizado e pronto a uma tarde de esforço contínuo.


Como de manhã, realizei o aquecimento articular por uns minutos e iniciei a minha corrida lentamente, aumentando gradualmente a minha velocidade até a estabilizar, embora desta vez estabilizasse a uma velocidade um pouco superior. Mais uma vez recebi vários olhares curiosos, e alguns dos shinobis que estavam de manhã ainda por lá treinavam, assim como eu.


Talvez fosse por não ter comido nada de manhã, mas a esta velocidade aumentada eu estava a aguentar durante mais tempo do que de manhã, e até com menos cansaço. Ao fim de muitas horas, já ao pôr do sol, quase a anoitecer, o cansaço levou a melhor de mim e precisei de parar. Ou eu tinha subestimado as minhas capacidades, descobrindo-as naquele dia, ou elas tinham aumentado consideravelmente em apenas um dia de treinos.

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