Auxiliar os estudantes da Academia Ninja
Descrição: Você também já foi um pirralho estudante da Acadêmia que sonhava ser um grande Ninja. Porém falta muito pra isso, e uma boa maneira de começar, é auxiliar na hora da entrada, no intervalo e na saída da Acadêmia, afinal são apenas criancinhas que mal podem te fazer? Encontre um dos senseis, na Acadêmia Ninja.

Uma velha com uma expressão tediosa aguarda na porta de uma das salas da academia ninja. O barulho lá dentro é infernal.

Não fazia ideia de quanto tempo havia se passado desde que me formei na academia, mas deveria ser o mesmo tempo de que não andava por lá. Com uma passageira nostalgia me importunando, fiquei feliz ao saber que deveria auxiliar os atuais jovens da academia com seus afazeres. Escovei meus dentes e tomei um banho em seguida, coloquei um pouco de creme de cacau sobre uma fatia de pão e saí então de casa, dirigindo-me até a academia.

A empolgação não era muita, pois sabia que teria de controlar minha timidez quando chegasse, não parecer um tremendo idiota para os estudantes talvez pudesse ser uma tarefa complicada, mas não desistiria agora. O caminho até a academia foi rápido, mas não fazia ideia de para onde ir agora. Caminhei até a recepção, buscando me informar quanto à minha tarefa. A recepcionista era um tanto atraente, porém estava claro que era mais velha, fiz um esforço para começar enquanto abaixava a cabeça para continuar em seguida – E-Ei...sou Kaneki, tenho uma missão...sabe onde devo ir ? – Não podia ver seu rosto, mas pude ouvir seu riso, todos sempre riem de alguém tímido como eu, ela então me deu o número da sala ao qual deveria chegar, que é para onde fui em seguida, com certa pressa. Me aproximando da porta, já poderia ouvir um barulho extremamente alto, mas o que mais chamava minha atenção era a senhora incrivelmente velha e nervosa que me aguardava na porta. Me apresentei e esperei alguma reação, enquanto esperava não ser morto ali mesmo por ela.

– Cuide dessas pestes, são suas até o fim do dia! – Pule ouvi-la resmungar, não bastando ter elevado a voz, colocou sua mão no peito como se fosse infartar. Pensei que teria de levá-la até o hospital antes de começar a missão, mas me acalmei quando ela terminou o que deveria falar e deixou o local, deixando-me a mercê das crianças.

Entrei pela porta para encontrar uma tremenda confusão, alunos fazendo o inimaginável e o impossível para se divertirem ou apenas para fazer barulho, não conseguia diferenciar. Não teria coragem o bastante para elevar a voz, seria inútil de qualquer forma, então peguei um giz da lousa e escrevi meu nome em letras grandes e com a melhor grafia que poderia fazer no momento. Com a confusão ainda em prática, coloquei minhas mãos sobre a lousa e comecei a arranhá-la, na tentativa de chamar a atenção das crianças. Caso meu plano tivesse êxito, apontaria para o quadro finalizando com minha apresentação – Esse...esse é meu nome. Cuidarei de vocês hoje. – O segredo era evitar contato visual, não olhando para qualquer criança da sala enquanto estivesse falando, evitaria que a voz travasse.

Não adiantou, os alunos não queriam se policiar, era como se não se importassem nem um pouco em estarem ali. Um balde de tinta foi atirado em minha direção, tudo que pensei foi em como o garoto conseguiu trazer um balde para cá sem que ninguém percebesse. A palpitação do meu coração aumentou desenfreadamente, o alvoroço se iniciou uma vez mais, mas desta vez tudo estava diferente, tudo parecia em câmera lenta. Foi então que tive um leve surto, acabando por socar o balde em direção ao chão, abrindo um buraco no mesmo e o esmagando completamente. Quando voltei a pensar normalmente, me desculpei e deixei a sala, indo em direção do banheiro.

Lavei minhas mãos e esfreguei meu rosto, talvez a abordagem devesse ser diferente, não parecia que qualquer coisa que tentasse iria funcionar. Saí do banheiro e retornei para a sala, desculpando-me mais uma vez e me apresentando devidamente – Meu nome é Ken, Kaneki Ken. Vamos nos dar bem, por favor...

As crianças da sala eram realmente cruéis, tratando seus companheiros como lixo. Um aluno me perguntou o que iriam aprender, mas foi repreendido por sua colega, a mesma que em seguida o chamou de fracassado. Era um enorme dejá-vu, eu podia enxergar a mim mesmo naquele garoto, já que também nunca tive muita atenção na minha época de estudante.

– A primeira lição que eu gostaria de ensina-los é que...não importam os talentos, não importam as diferenças...não existe ninguém melhor do que ninguém aqui. Somos todos iguais. – Admirei o silêncio por algum tempo, eu queria que ele durasse por mais algum tempo, mas talvez isso fosse pedir demais – Eu também era um fracasso durante a academia, mas hoje em dia eu sou um genin. Isso significa que todos vocês são capazes disso, todos mesmo.

O discurso pareceu funcionar, mas ainda deveria ensinar alguma coisa de verdade para as crianças, ou acabaria fracassando como professor – Eu até hoje não sei usar os ninjutsus básicos, podem rir se quiserem, mas eu os conheço perfeitamente na teoria. Então vou ensinar alguns jutsus para vocês. – Falei então sobre o básico de algumas técnicas como Bunshin ou Henge, na esperança que as crianças entendessem e tivessem êxito em realizá-los.

- Eu não preciso aprender jutsus de você, alias, você é outro fracassado... Quero é sumir daqui, Cirilo, não acredite nesse homem, no fundo você sabe que não será ninguem. - Maria Joaquina é realmente cruel. Cirilo não respondia, apenas abaixou a cabeça. No fundo da sala, bem no fundo mesmo deu para ouvir uma garotinha, muito parecida com a Susan Boyle, apenas recitava - Nhem Nhem Nhem.

As provocações da garota não deveriam me atingir, mas fui pego num momento de fraqueza e acabei não resistindo – Se você não acha preciso aprender nada de mim, espero que tenha sorte ao se tornar Genin. – Num momento de fúria, minha kakugan se ativou, tornando meu olho esquerdo escurecido, algo que as crianças poderiam notar caso estivessem prestando atenção – Se você acha mesmo que sou um fracasso, um genin, o que isso faz de você ? Uma estudante ? – Com um soco rápido e brutal, acabei por golpear minha mesa, destroçando-a, foi então quando recuperei minha sanidade – Me desculpem por isso...não estou acostumado a isso. – Esperei que encarassem a realidade e tentassem começar o treinamento, pois estava ali para isso e não para ouvir desaforos.

- Não precisa ficar nervosinho - Disse uma garota, conhecida como Melody - Maria, é como eu sempre falo. Fale bem ou fala Maaaaaaaaaal - O ultima frase reproduzida num falsete ( que não é falsete) ensurdecedor e até engraçado. - Mas fale de mim - Maria joaquina riu da melody - você é outra idiota. Afe, me casei de vocês - Levantou e saiu.

OFF: Narre um andamento saudável do dia, e finalizamos a missão.

A garota encrenqueira havia se retirado da sala, isso magicamente fez com que o resto da turma mudasse para um clima mais leve, algumas crianças se empolgaram e começaram com o treinamento. Um efeito corrente fez com que cada vez mais alunos começassem com o treinamento, demonstrando que todos na sala estavam se esforçando ao máximo para se tornarem fortes e um dia poderem se chamar de Genin.

O tempo se passou, enquanto todos haviam tido êxito em seu aprendizado, Cirilo era o único que não parecia saber utilizar as técnicas com muita habilidade, então me aproximei do mesmo e tentei o encorajar – Não se preocupe Cirilo, algum dia você será capaz. Eu acredito em você. – Fui interrompido pelo gongo, o sinal que indicava o final da aula, o que fez as crianças deixarem o local e irem embora. Isso queria dizer que o trabalho estava feito, já poderia ir embora, então o fiz.

Narre mais
C consegue fazer melhor que isso '-'

A garota encrenqueira havia se retirado da sala, isso magicamente fez com que o resto da turma mudasse para um clima mais leve, algumas crianças se empolgaram e começaram com o treinamento. Um efeito corrente fez com que cada vez mais alunos começassem com o treinamento, demonstrando que todos na sala estavam se esforçando ao máximo para se tornarem fortes e um dia poderem se chamar de Genin.

O tempo se passou, enquanto todos haviam tido êxito em seu aprendizado, Cirilo era o único que não parecia saber utilizar as técnicas com muita habilidade, então me aproximei do mesmo e tentei o encorajar – Não se preocupe Cirilo, algum dia você será capaz. Eu acredito em você. – Esperava que o reforço positivo pudesse ajuda-lo, mas não teria tanto otimismo assim, já que eu mesmo não havia tido êxito com essas técnicas, qualquer um deles poderia acabar por ser como eu. Mas após algum tempo de treinamento, todos estavam exaustos e começaram a interromper o treinamento, foi então que sugeri que todos parassem de vez, já que haviam treinado tempo o bastante para um dia.

Não faltava muito até o intervalo, então permiti que ficassem o resto do tempo aproveitando para fazer o que quisessem, contanto que não bagunçassem. A sala permaneceu em silêncio por alguns minutos, até o sinal tocar, dispensando o alunos brevemente, tornando em pouco tempo a sala deserta. Passei o tempo do intervalo sentado em minha cadeira, pensando no que poderia fazer no segundo período, já que não havia me preparado previamente para a tarefa. Conforme o tempo se passou, não notei os alunos retornando aos poucos até a sala, pois o sinal já havia tocado afinal. Um aluno chamou minha atenção, que por sinal estava entretido demais com um caderno de anotações que havia encontrado numa das gavetas, foi aí que uma lâmpada se ascendeu sobre minha cabeça, indicando uma ideia de como mantê-los ocupados pelo segundo período.

– Agora...nós vamos ler um livro – Recitei para eles algumas páginas, entregando uma cópia para cada um e pedindo que cada um lê-se um parágrafo, fazendo com que todos acabassem por ler um pouco – Isso irá não só ajudá-los a adquiria conhecimento, como também manter atenção nas coisas...se distraiam por um segundo e já não saberão de onde continuar a leitura. – Tentei ser o menos irado possível, mas tive de chamar a atenção algumas vezes, quando os alunos começavam a conversar ao invés de prestar atenção na leitura. Mas como tudo que é bom chega ao fim, o sinal tocou quando menos se esperava, ocorrendo então uma breve comemoração por parte dos alunos, que guardaram seus pertences e partiram, saindo da sala o mais rápido possível. Alguns até tiveram tempo para agradecerem e se despedirem, enquanto alguns pouco se importavam, apenas buscavam a liberdade, algo que não os culpava por fazer. Tendo terminado minha função, levantei da cadeira e me estiquei, alongando meu corpo e me preparando para a caminhada até casa, a professora da academia avisaria ao Hokage que a missão havia sido concluída com êxito.

Certo, aprovado, rank c, valor mínimo (15k eu acho)
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A velha retorna a sala e não acredita e no que ve: crianças calmas, realmente crianças e não demônios. - Não sei o que fez, mas está liberado, obrigado.